domingo, 25 de março de 2012

Uma nova forma de arte.



Ultimamente, os trailers de filmes estão muito bem elaborados. Chegam a ser uma narrativa completa, com início, meio e fim. Claro, sua função é instigar a vontade do espectador a querer assistir ao longa metragem. Mas, em tempos de twitter, onde muita coisa interessante pode ser contada em apenas 140 caracteres, não é difícil de acreditar que os trailers se tornaram uma nova forma de expressão artística. O poder de síntese, pode ser considerado uma arte, mesmo que de forma cômica, como os cartazes com os títulos literais dos filmes, a respeito da sua sinopse.
Olhando a lista de melhores trailers segundo este site, é notável a evolução entre os mais antigos e as prévias atuais. Nos primeiros, o recurso do letreiro é usado exaustivamente. Com o passar dos anos, alguns estúdios começaram a utilizar técnicas “originais” como por exemplo, o diretor do filme apresentando os personagens (Hitchcock fazendo escola?) e até mesmo os atores encenando historinhas de como eles “esqueceram” de gravar o trailer.

Um bom exemplo de qualidade, já copiado ao extremo, é o trailer de Inception. Foi criada especialmente pro filme promocional, uma trilha sonora ritmada em um crescendo, que causou um tremendo impacto, podendo ser identificada a inspiração para trailers de produções atuais como por exemplo o de Transformers 3, Os Vingadores e até mesmo o aguardado Prometheus, de Ridley Scott. Chega a ser um clichê, a falta de inspiração na criação de trailers. Daqui a pouco, até paródias serão criadas, ridicularizando o uso exaustivo desse recurso.

Por falar em clichês e paródias, como esquecer os locutores que narravam os trailers dos anos 90? Tal característica foi tão usada, que se hoje você assistir a algum desses trailers, é impossível não cair no riso, com a tamanha seriedade com que eram retratados os dados psicológicos do herói e da trama. Um dos grandes profissionais dessa área, Hal Douglas, faz troça consigo mesmo na prévia do filme de Jerry Seinfeld, Comedian Movie, utilizando bordões como “In a world...” e “One man...”. Não tem como não rir.



Ainda na área da paródia, temos este cara, que faz imitações e utiliza os clichês dos trailers de filmes como material. No vídeo, a partir de 1:35 m é possível atestar isso. É o melhor filme jamais feito do Schwarzenegger.

Como podemos notar, a evolução do trailer passou por vários estágios. Entre eles, o uso de letreiros gigantes na tela, o recurso do narrador com voz grave e agora, a trilha impactante, ditando o ritmo da tensão que deve ser sentida ao assistir a prévia.


O que os produtores deduziram é que as plateias não são tão burras e não precisam de alguém contando o que elas estão vendo. Talvez o melhor recurso atual na produção de trailers, seja uma ótima edição. Só com as falas dos personagens de um filme, bem colocadas, já se pode dizer a que um filme veio. E algumas vezes, criam-se pérolas que poderiam se sustentar somente com esse formato diminuto. Como por exemplo, Cisne Negro, com praticamente uma narrativa completa. Nós entendemos perfeitamente o que acontece na jornada da heroína, somente assistindo o trailer.

Daí, vem surgindo a ideia de que o trailer é um formato de arte. Um micro-filme, talvez? Como se fosse um micro-blog? Exemplos de produções como o assassino da colher, que leva anos para matar sua vítima, evidenciam essa tendência. Claro, que o tom ainda é o cômico, mas ainda pode evoluir em qualquer gênero. A banda Black Keys fez um videoclipe como se fosse um trailer, e foi um dos vídeos mais comentados do ano passado.




Claro, muitas vezes, acontece de você ter um trailer fantástico, mas o filme decepcionar, como Cloverfield. Talvez, porque a trama não deveria ultrapassar o tempo de um micro-filme. Outras vezes, surge um trailer que por si só já poderia ganhar prêmios, e seu filme acaba sendo um dos melhores do ano, como A Rede Social.


sábado, 19 de fevereiro de 2011

O primeiro Big Brother da História


Vendo o filme Gladiador é fácil pensar que a arena do Coliseu foi a primeira casa a abrigar uma edição do Big Brother. Foi o primeiro reality show da história. Win the crowd. Ganhe a multidão. Ainda mais com o Boninho dizendo que este ano a porrada seria liberada, sem risco de expulsão, não é difícil pensar nessa comparação. Quando o Maximus abre aquele portão imaginário, não dá pra negar que parece um participante do BBB saindo da casa. “Vem digladiar aqui fora” diria o Bial, ou então “A luta acabou pra você, General Maximus”. Talvez os dois. Pensando assim, você começa a comparar tudo: as estatuetas da família que o gladiador adora, seriam as fotos dos entes queridos esperando do lado de fora. E como nas melhores edições do Big Brother, tem o mocinho e o vilão, sendo este o Imperador Commodus, que quer ser amado pelo povo e por isso força a relação. Como o Alberto “Cowboy” que enfrentou o Alemão. Ele queria passar uma imagem de ser um homem simples do campo, até mesmo engraçado. Mas por ter inveja do carisma de seu adversário, acabou sendo um dos participantes mais rejeitados do programa.

A sociedade não mudou muito desde aquele tempo. Tudo o que precisamos é de pão e circo. Pão e circo.



quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Os Nerds invadem a música Pop e as Popstars invadem a selva.


Ou A Vingança dos Nerds.




Houve um tempo em que aqueles jovens mais estudiosos ou que se interessavam mais por certos assuntos, eram considerados uncool e totalmente fora de moda. Claro que isso ainda acontece hoje em dia (e se chama adolescência) e sempre acontecerá. Mas, o fenômeno que notei foi que os nerds hoje em dia ao invés de montarem uma banda de rock de garagem (e chamá-la de Weezer), estão criando música de estilo popzão e até mesmo "brega". E tudo isso com uma certa irreverência, utilizando-se de elementos do rap e hip hop. É como se dissessem: "Viram? A gente conseguiu entrar na balada e tá abalando geral". Sim, mais brega que isso não pode ficar. Mas que é divertido, ah isso é. Eu acho que até já falei isso em algum post anterior aqui no blog. Aprecio muito o brega, pois é preciso muita atitude, pra ter coragem de se expor assim.

Um bom exemplo, são os integrantes do grupo Far East Movement, descendentes de coreanos que moram em Los Angeles. Eles pegaram um trecho da música da DEV (outro bom exemplo), colocaram uma loop arrasa quarteirão e claro, acrescentaram o batidão. Pronto. Eis o hit da temporada, com direito a inserção em um episódio de Gossip Girl.

Far East Movement - Like A G6 ft. The Cataracs, DEV.


Mas talvez um dos precursores desse "movimento" seja o líder do Cobra Starship. Podemos dizer que é a banda de um homem só, tendo feito a música tema pro filme DO CARA Samuel L. Jackson, Snakes on a Plane. Mais Nerd que isso não pode ficar. Mas sim, ele conseguiu: fez a música tema do verão americano do ano passado: Good Girls Gone Bad. Tendo uma das protagonistas do mesmo seriado, como dupla. É como se os nerds dissessem "Sim, eu sei que você é a garota mais popular da escola, mas mesmo assim você quer ficar comigo". Tudo isso com muito bom humor, claro.



Outra coisa que chamou minha atenção é o tema Selva recorrente em videoclipes de cantoras pop. A novata Nicki Minaj, que tem seu álbum sendo lançado mês que vem, utilizou-se muito bem do tema, no vídeo de Massive Attack, o que acabou realçando seus ã... "atributos" muito bem. Veja o clipe aqui. Adoro os soldados zumbis! A batida da música me é familiar... mas vamos passar pra próxima: Kelis. A cantora nova yorkina que os ingleses adoram, utiliza-se bem desse cenário selvagem. Em Acapella, lançada em fevereiro deste ano, ainda temos uma surpresa final, que faz qualquer garota soltar um Aawww. Veja o clipe aqui.

Mas daí você vai dizer: mas essas gurias não tão fazendo nada novo. Só tão imitando o clipe de Love Lockdown do Kanye West, lançado em setembro de 2008.

E então eu direi que não, pois na verdade quem inspirou toda essa galera, inclusive o Kanye, foi o clipe de Earth Intruders da Björk, lançado em Maio de 2007.


Quando ela lança um álbum, vem um monte de gente e diz "essa mulher é louca!", "o que ela quer dizer?". Mas o tempo passa e os respingos daquela loucura vem parar na música pop. Inclusive nas batidas "molhadas" de Massive Attack, conforme me recordei antes.

Ah, eu já falei pra vocês que a Björk só ficava a fim de carinhas nerds no colégio?


domingo, 22 de agosto de 2010

À procura de boas canções.




Ou A importância do Autor.

Sempre que ouço uma música que me chama atenção, eu procuro saber quem a compôs. Às vezes, é o próprio artista quem a escreveu. Na maioria das vezes não é. Principalmente no mundo atual da industrialização de artistas.
Lembrando, eu não possuo preconceitos musicais de gêneros e estilos. Se a música é boa, vai soar legal tanto em forró quanto em um heavy metal (vide a canção Umbrella e as músicas sertanejas da banda Hardneja).
Existem músicas pop que me cativam e acabo descobrindo seus autores. Exemplos: The Climb, Breakway e When I look at You. Para minha surpresa, é quase sempre o mesmo time de compositores: Matthew Gerrard, Bridget Benenate, Jessi Alexander e Jon Mabe. Sim, são músicas de guriazinha, pop comercial. Mas para bom entendedor de música, ou pelo menos de composição, meia melodia bem feita basta, para essas canções se sobressaírem das outras que tocam no rádio. Principalmente os plágios da família Restart. Fico fascinada com esses compositores estrangeiros, que conseguem produzir canções tão significativas e, por que não, bonitas, em um curto espaço de tempo. Enquanto isso, aqui no Brasil, Fresno e afins, passam um álbum inteiro com canções arrastadas com letras escritas no guardanapo de bar pra aliviar a consciência do seu autor, em forma de terapia. E que muitas vezes, não dizem nada de significante. Quer falar de coração partido? Fala. Quer fazer uma música dor de cotovelo/corno? Faz. Mas pelo menos bota uma melodia legal em cima. Por isso não fico admirada quando a maioria das pessoas recorre aos sons de outros países. Eles estão mais avançados nessas técnicas de composição. Muita vezes, pra mostrar que sabem tocar instrumentos, a gurizada de bandas compõem suas próprias músicas, mas isso não quer dizer que sejam compositores. E por isso muitas músicas são fracas. É preciso bons compositores para termos boas músicas. Claro que, não concordo com essa produção em massa dos EUA. Eles tem profissionais do ramo, ao dispor pra colocar qualquer artista novo no mercado, com músicas inéditas. Mas devemos concordar que eles estão mais preparados pra isso do que os nossos nacionais.

Acredito que uma das razões das melodias brasileiras serem tão pobres hoje em dia é a necessidade de dizer algo com palavras. É a síndrome do samba enredo: falar do maior número de coisas que entrem no enredo do ano. E a melodia? “A gente pensa nisso depois.” “Ah, a melodia é a mesma de sempre né?” Só muda a letra. Claro que existem exceções de samba enredo, como “É hoje o dia de alegria”. Boas composições iniciam com a melodia. Se a letra vai encaixar é problema seu, te puxa na métrica ou então faz da instrumentalização ou vocalização um diferencial, pois vai ser a melodia que vai dizer a que sua música veio.




E pra não dizer que eu só admiro as músicas comerciais, recentemente conheci um bom exemplo de talento e originalidade em uma banda. Glasvegas é da Escócia e o vocalista preserva seu sotaque nas letras das canções. Podemos dizer que é um estilo emo misturado com rockinhos dos anos 50. Mas ouvindo, você sente que é tem algo a mais. Eu imagino que quando alguma banda brasileira dessa safra emo, quer escrever uma canção com final épico ela gostaria de escrever uma canção como Flowers and Footballs Tops. Mas não consegue. Nas letras, os brasileiros sempre são os traídos. No caso de It’s my Own Cheating Heart that Makes me Cry, é o próprio cantor de Glasgow admitindo que ele é um mentiroso que trai a namorada, mas de um modo tocante. Vocês acham que o Fiuk teria essa coragem? A música pra colocar a moral da outra pessoa pra cima do Glasvegas é Geraldine e para deixar bem claro, ela diz que será sua assistente social. Que banda brasileira teria essa idéia? Digam-me! Não sou contra a música nacional, mas ultimamente tem sido difícil se encantar com algo daqui.

Talvez, ao invés de investirem milhões em programas de TV a procura do novo “Ídolo” brasileiro, os empresários do ramo, deveriam criar um reality show em busca de novos talentos na composição musical.

E pra fechar, eu gostaria que os artistas brasileiros fizessem músicas assim:



sábado, 17 de abril de 2010

A tendência da Volta.


Nada melhor para um blog que está voltando, do que um post sobre acessórios de moda e estilos que estão de volta às mentes dos fashionistas.



Sempre amei os óculos que a diva mór Audrey Hepburn usou em Bonequinha de Luxo. É um Ray-Ban Wayfarer dos anos 60, com a lente um pouco maior do que esses coloridos que estão sendo usados por todos, desde banda emo fabricada à celebridades pseudo moderninhas. O que me encanta são os cantos puxados, um verdadeiro chalme! Nesse meu afã de procurar esse modelo, descobri ano passado que ele não é mais produzido. Qual não é a minha surpresa quando me deparo com esta matéria do site Terra. Os óculos gatinho estão de volta, versão gatona!


Este é da Balenciaga. Quero um, please!!!


Gente coisa é outra chique!

Opressão contra as mulheres? Modelo estético impossível? Não sei, só sei que o espartilho está de volta no imaginário da moda.



Eu particularmente acho muito bonito, desde que não machuque ninguém, ok? E se formos pensar, é muito mais elegante um espartilho, do que essas calças de cintura baixa, deformando nossas barrigas com pneuzinhos sobressalentes.
As fotos e modelos de corsets deste post, vieram diretamente do site da Madame Sher (sem merchan, ok?), onde você aprende a tirar suas medidas e pode encomendar um modelo exclusivo. O mais legal, é que isso prova o que eu penso há muito tempo: a moda de vestuário deveria voltar a ser sob medida, pois as pessoas não podem ser medidas e separadas por letras ou números padrões.








O que também andou chamando minha atenção, foram as sobencelhas bem marcadas usadas pela Lady Gaga (estilo Madonna na Blonde Ambition Tour) em seu último videoclipe, Telephone. Acho muito bonito, pois emoldura muito mais o olhar. Rihanna e Katy precisam aprender com a Gagaloo, pois além de pintarem o cabelo de preto, deveriam dar atenção às suas sobrancelhas apagadas.



Quando venho escrever estes posts, eu "viajo" em várias coisas que poderia encaixar. Bom, para quem já me conhece, sabe que eu adoro relacionar tudo com a Björk. Então, pra quem não sabe, o último álbum dela chama-se... Volta!

Para então provar pra vocês como o retorno está em voga, vejam o ganhador do BBB deste ano. Ele voltou e ganhou.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Educação = Técnica + Criatividade.


Depois de assistir ao filme Homem de Ferro, eu falei pro meu irmão: "bah, imagina o monte de gurizada que vai querer fazer engenharia mecatrônica agora". E ele: "sóóóó...". Sério, é muito legal ver o Tony Stark criando aquela armadura. É quase como pensar: "eu posso criar o Superman com as minhas mãos".



Onde estão os estudantes de robótica? Onde estão os carpinteiros? E os eletricistas?


O domínio de uma técnica é tão difícil de ser encontrado nos estudantes de hoje em dia, que eu me pergunto: quem está cuidando da luz do Farol de Cidreira?

Besteiras à parte, ou melhor, falando sério, hoje em dia todo mundo faz faculdade de Direito, Administração ou Publicidade. O primeiro, fala bonito, o segundo normalmente não vira empreendedor, e o terceiro, fala ainda mais bonito que o primeiro.

Mas e a montagem de aparelhos eletrônicos? E os móveis sob medida?

Na resposta a essas perguntas, a maioria pensa: "ah, sempre vai ter OUTRO pra fazer esse trabalho braçal". E assim caminhamos para a obesidade, quer dizer, para a obviedade e estagnação.

Assistam este vídeo, de uma palestra para o TED, do Ken Robinson. Ele fala como as escolas matam a criatividade.
O vídeo tem mais ou menos 10 minutos. Mas devo ressaltar: é daqueles que fazem você ganhar o dia. Esta é só a primeira a parte, se puder, assista a segunda também, pois há um momento muito emocionante sobre uma coreógrafa.



A principal mensagem desta plestra é: a educação de hoje em dia, é feita pra transformar o ser humano em um professor universitário. O que não é nada mal, mas infelizmente, precisamos das outras peças para que o mundo funcione.

Enqunto escrevo este post, está passando um episódio do Aprendiz - Universitário. É notável como as provas pedem que os candidatos tenham domínio de técnicas. Mas claro, no final, parece que mesmo você fazendo uma bosta de tarefa, você pode se safar da demissão se falar bonito.

O vídeo de Ken Robinson, ressalta também a importância da criatividade no ser humano. Com o domínio da técnica, a teoria é fácil de ser entendida. E quando sabemos o que estamos fazendo exatamente, é fácil criar algo. Pois quando já sabemos o caminho, é só mudar a rota pra vermos algo diferente. Algo novo.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Rodarte: no esqueleto da moda.



Costumamos dizer que quando algo está nos afetando muito, isso está até o osso. Talvez por causa da localização do nosso esqueleto: dentro de nós. Por isso, pessoas que não gostam de superficialidade, normalmente usam imagens de caveiras e ossos para mostrar a sua "profundidade". A moda, que é considerada a mais fútil das expressões artísticas, pode sim, trazer a tona nosso âmago.

Como? Com criatividade e lindas cores, claro! E é isso que a dupla de estilistas da marca Rodarte está fazendo.






Com peças que se utilizam de faixas quase entrelaçadas e telas transparentes que dão uma ilusão de ótica, as roupas da grife parecem ser esculturas costuradas no corpo da mulher. Tudo isso, sem formas óbvias.




Os colorados que me desculpem, mas esse vestido tá digno do tricolor.
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Kate e Laura Mulleavy, fundaram a Rodarte no outono de 2005. Duas irmãs da Califórnia, formadas basicamente em artes visuais. Com o talento, veio o sucesso.


Keira Knightley, na Premiere de seu filme, usando uma peça da grife.

E o vestido de Keira, é da mesma linha que Britney Spears, escolheu para estampar na capa de seu último álbum, Circus.



Mas a maior fã das estilistas Californianas, é a texana Reese Witherspoon.



Até Michelle Obama se rendeu aos modelos da dupla.

Faça como ela: na hora de abrir o guarda roupa, Change.

Site oficial - www.rodarte.net